Dentre os elementos intrínsecos aos temas pertencentes à Gramática, figura-se a utilização da vírgula que, seguramente, se perfaz de uma representativa relevância. Diante de tal suposição, torna-se essencial que conheçamos suas propriedades.
Assim como acontece no período formado por subordinação, o uso da vírgula também ocorre no período formado por coordenação – quando as orações são independentes entre si, ou seja, não apresentam nenhuma dependência sintática entre os termos.
Ao destacarmos esta não dependência, visto que, como o próprio nome indica, os termos se ‘coordenam’, estamos salientando que as orações possuem todos os elementos fundamentais à sua composição: sujeito e predicado.
Exemplos:
- As coordenadas assindéticas são separadas entre si através da vírgula.
- As coordenadas sindéticas, de modo geral, são separadas por vírgulas, exceto aquelas marcadas pela conjunção ‘e’, designadas como aditivas.
Exemplo: O garoto chegou, sentou, ficou em silêncio.
Exemplo: Não pude comparecer ao amigo secreto, contudo enviei meu presente.
– No entanto, existem exceções no que se refere às aditivas.
- Separamos entre vírgulas as coordenadas ligadas pela conjunção ‘e’ quando estas possuírem sujeito diferentes.
- A vírgula também é usada quando a conjunção ‘e’ se apresenta várias vezes repetido – caracterizando uma figura de linguagem denominada de polissíndeto.
Exemplo: O namorado nem se preocupou em se explicar, e a namorada também não demonstrou interesse em saber.
Exemplo: Os garotos estudaram, e trabalharam, e fizeram serviços extras, e ainda encontraram tempo para se divertir.
- As orações intercaladas também são separadas por vírgulas.
Exemplo: São estas, a não ser que existam outras, as cartas que deverão ser carimbadas.
– Neste caso, a vírgula também pode ser substituída por um travessão (–).
Exemplo: Todos – com exceção de Adriele – são amigáveis.