O Brasil passou por mudanças socioeconômicas significativas durante o Ciclo do Café. Fugidos da estagnação econômica e do desemprego registrado no velho continente, um grande número de imigrantes europeus foram atraídos pelo trabalho assalariado dos cafeicultores paulistas e pelo uso de novas tecnologias.
Era bastante comum que os imigrantes trouxessem suas próprias facas, foices e outras ferramentas consigo ao chegar no Brasil. Isso era visto como uma forma de demonstrar disposição para o trabalho e como um símbolo de sua profissão. Assim, o imigrante que chegava “de mãos abanando” passava a imagem de que não tinha interesse em trabalhar, era visto como preguiçoso. A expressão usada hoje surgiu a partir daí, usada para representar alguém que aparece sem nada nas mãos, mas que deveria ter algo consigo.