O concretismo foi um movimento artístico que começou no início da década de 1950 e alcançou o seu auge nos anos 60. Na literatura, o movimento ficou conhecido por extinguir os versos e a sintaxe convencional do discurso e atribuir grande importância à organização visual do texto. Os princípios, de certa maneira, dialogavam com o Cubismo – a obra de arte não possuía conotação simbólica ou lírica, assim como não representava a realidade, mas sim evidenciava planos, estruturas e conjuntos que se relacionavam e falavam por si mesmos. O intuito dos concretistas era o de acabar com a distinção entre conteúdo e forma e criar uma nova linguagem.
O cunho do movimento era, essencialmente, racionalista e buscava no fazer artístico a expressão de um geometrismo exagerado. Assim, o texto viu desprovido o verso em seu interior, em favor do pleno aproveitamento da folha de papel e da exploração máxima de suas inúmeras possibilidades de preenchimentos, como também de seus vazios. Conteúdo e forma não mais deveriam corresponder a planos diferentes, mas sim a um incessante a ser experimentado pelo artista.
Características
No Brasil
Liderado pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, juntos a Décio Pignatari e José Lino, os concretistas paulistas foram os que mais se destacaram. Na década de 1960, no auge do movimento, músicos e poetas, como Paulo Leminski e Ferreira Gullar, começaram a abordar temas sociais em seus trabalhos.
EXEMPLOS