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Barroco

O barroco foi um movimento artístico sucessor do renascentismo. Ganhou forças no final do século XVI até meados de XVIII. Começou na Itália e foi vastamente difundindo nos países católicos, tanto da Europa quanto das Américas. O movimento tem como características a exuberância e o esplendor. Os temas do barroco são tratados com mais força e contraste, mais dramaticidade. O barroco também gera uma tensão entre a religião e o materialismo, as crenças e o prazer pagão. Alguns consideram o barroco mais do que um simples movimento artístico, mas como um movimento social e cultural e até um período histórico. O movimento barroco é muito conhecido por sua arquitetura, pintura e esculturas, mas também teve uma grande força na literatura e no teatro.

Características

A literatura barroca apresenta grande parte das características do movimento artístico como um todo.

  • Dualismo: Uma das principais características é o dualismo. O barroco é marcado por um conflito interior do homem entre diversos assuntos: fé e razão, corpo e alma, vida e morte, entre outras questões existenciais e religiosas. O contraste barroco é fácil de ser percebido, seja nas pinturas (com o contraste de cores e brilhos), seja na literatura em seu conteúdo conceitual. Uma das maiores aspirações do artista barroco é unir os contrários, por isso na literatura eram tão usadas as figuras de linguagem paradoxo e antítese, numa tentativa de fundir noções opostas.
  • Exuberância: Outras figuras de linguagem muito usadas são mais ligadas a outra característica do barroco, o esplendor e a exuberância, o exagero, a dramaticidade. Os autores barrocos faziam bastante uso das hipérboles para mostrar esse exagero, tanto nas obras literárias quanto no próprio conceito do barroco. Eram usadas também metáforas e elipses na literatura barroca.
  • Fugacidade: Os artistas e autores barrocos são caracterizados pela fugacidade, isto é, eles tinham a concepção e a consciência de que tudo no mundo era passageiro, efêmero. Além disso, o mundo era instável, tudo e todos mudavam, desde pessoas, objetos e lugares até mesmo o mundo. O autor barroco sabe que sua vida e existência são passageiras e um dia vão ser apagadas, e faz questão de expressar isso em seus escritos.
  • Pessimismo: Criado a partir da visão fugaz do mundo que era própria do movimento, o barroco traz consigo uma característica pessimista. A ideia de que tudo é passageiro remete o artista barroco à lembrança da morte, o que consequentemente traz uma incerteza da vida e medo de ser levado. Tudo isso leva o homem a desacreditar tanto dele quanto da sua fé, tornando-se um pessimista.
  • Feísmo: No barroco predomina uma atração pelo “feio”, o deformado, o trágico, que também é conhecido como “forma tumultuosa”. Se nas pinturas e esculturas encontravam-se alguns aspectos e características humanas deformadas propositalmente, cenas trágicas, dolorosas e grotescas, na literatura tínhamos a representação disso com o uso excessivo de paradoxos, antíteses, hipérboles e interrogações.
  • Cultismo: É o uso de uma linguagem mais rebuscada, segundo as normas cultas da língua no qual o texto era escrito. Usava-se uma escrita extravagante e com jogos de palavras, como paradoxos.
  • Conceptismo: Conhecido também como conceitismo, é, assim como o cultismo, uma vertente da literatura barroca. Enquanto o cultismo trabalha o jogo de palavras, o conceptismo é o jogo de conceitos, idéias.
  • Conflito existencial: Um dos maiores conflitos do barroco é a luta entre o antropocentrismo e o teocentrismo, ou seja, a luta do homem contra religião, às vezes contra o próprio Deus. Essa dualidade gera incertezas e dúvidas no homem, fazendo-o repensar a sua própria existência.

Muitos textos barrocos têm um conteúdo moralista ou bastante religioso, pois eram escritos por padres jesuítas em missão para pregar a religião católica.

Barroco no Brasil

O marco do começo do barroco brasileiro foi o ano de 1601, com o épico “Prosopopeia”, do autor Bento Teixeira. O épico é considerado de baixo valor literário, mas mesmo assim foi ele que inaugurou o movimento no Brasil. Dois grandes representantes deste movimento no nosso país foram Gregório de Matos e o Padre Antônio Vieira, que apesar de não ser brasileiro, ainda é considerado um representante do Brasil. Cada um deles representa uma vertente do barroco, Gregório como cultista e o Padre como conceptista. Veja abaixo um exemplo de cada um dos autores.

EXEMPLO 1
A Nosso Senhor Jesus Christo com actos de arrependimento e suspiros de amor
(Gregório de Matos)

Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,
É verdade, meu Deus, que hei delinqüido,
Delinqüido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.

Maldade, que encaminha à vaidade,
Vaidade, que todo me há vencido;
Vencido quero ver-me, e arrependido,
Arrependido a tanta enormidade.

Arrependido estou de coração,
De coração vos busco, dai-me os braços,
Abraços, que me rendem vossa luz.

Luz, que claro me mostra a salvação,
A salvação pertendo em tais abraços,
Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.

EXEMPLO 2
Trecho do Sermão da Sexagésima
(Pe. Antônio Vieira)

Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair, são os que se contentam com pregar na Pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura e hão-lhes de contar os passos. Ah Dia do Juízo! Ah pregadores! Os de cá, achar-vos-eis com mais paço; os de lá, com mais passos: Exiit seminare.

Principais autores e suas obras

  • Gregório de Matos Guerra – apelidado de Boca do Inferno (devido a linguagem feroz e maliciosa com que proferia criticas as instituições e pessoas da época), Matos foi o mais influente dos poetas barrocos. Sua obra é, na verdade, fruto de diversas pesquisas publicadas postumamente em coletâneas, fato que ainda levanta muitas dúvidas quanto a autenticidade de muitos textos.
  • Padre Antônio Vieira – escreveu diversos sermões, os mais conhecidos ‘Sermão da Sexagéssima’, ‘Sermão de Santo Antônio aos Peixes’ e o ‘Sermão do Mandato’, tratam de temas como a escravidão indígena, da arte de pregar e do amor místico de Cristo. O padre jesuíta escreveu ainda inúmeras cartas de cunho sebastianista, que foram publicadas postumamente.
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