Antes do Novo Acordo Ortográfico entrar em vigor, as duas formas estavam corretas. Com o acordo, diversos gramáticos e dicionários passaram a discordar quanto à manutenção ou eliminação do hífen em ‘à-toa’.
A forma com hífen continua registrada em vários dicionários, no entanto não tem o reconhecimento da Academia Brasileira de Letras, que certifica que ‘à toa’ (sem o hífen) é simultaneamente um adjetivo e um advérbio. Portanto, podemos julgar que ‘à toa’ (sem o hífen) é a forma correta.
Quanto ao uso da crase, embora muitos autores renomados dispensem o acento, sendo corretas as formas ‘a toa/a- toa’, o recomendado é sempre empregar a crase nessas locuções.
À toa (sem hífen) – é uma locução adverbial (dois ou mais vocábulos que juntos atuam como um advérbio, mudando o sentido do verbo) que significa algo sem fundamento, sem rumo definido, ao léu, a esmo, sem motivo. Muito usada para designar uma pessoa que não tem nada para fazer.
Exemplos:
- Estava à toa na vida, o meu amor me chamou…
- Adriele está se irritando à toa.
- Eu tô rindo à toa… Não que a vida seja assim tão boa.
À toa (sem hífen, em concordância com o Novo Acordo Ortográfico) – é uma locução adjetiva de dois números e dois gêneros, sendo invariável, ou seja, usado da mesma forma no masculino, no feminino, no singular e no plural. Muito usada para designar alguma coisa ou uma pessoa inútil, desprezível, sem valor, irrefletida, desocupada.
Exemplos:
- Roberto é um à toa na empresa.
- Sua opinião à toa provocou mais tumulto.
- Não se preocupe com este conflito à toa.